setembro 10, 2007

O camping

Participar de um acampamento no "Santuario das Orcas" teve um significado especial para mim, considerando o fato de que ha uns doze anos eu tenho pensamentos do tipo: " ja pensou o dia que eu vir uma baleia de perto" "como sera ver uma baleia livre?". Parece bobo, talvez para alguem que nao ta nem ai se existe baleia no mundo ou nao.... pra mim, isso foi mais do que realizar um sonho. Foi rezalizar o sonho e ainda por cima caiacando.
A estrutura do lugar me impressionou, nossas barracas eram otimas, as refeicoes foram preparadas com carinho pelos guias e eram deliciosas, e a consciencia ambiental do grupo era maior do que eu imaginava. No acampamento nao tinhamos energia eletrica, a agua era racionada e so foi permitido um banho durante os quatro dias. O chuveiro era um daqueles baldes onde coloca-se agua morna e faz-se milagre para enxaguar tudo. Na "casinha" que usavamos de banheiro havia uma busina, caso um urso aparecesse por la na hora errada, e claro, tinhamos que ir juntas (eu e Camis) ate no "banheiro". Todos os alimentos, produtos de higiene pessoal, beleza ou qualquer coisas que exalasse cheiro foram guardadas dentro de um tipo de armario de ferro, assim possiveis animais selvagens nao eram atraidos pelo cheiro do acampamento (ate batom e creme dental foi p/ o armario).... voltando ao banho, a consciencia do grupo era tao grande, que poucas pessoas pediram para tomar banho, somente quem realmente precisou por algum motivo.
As principais atividades durante os quatro dias foram, caiaque, hiking e claro ficar pertinho da natureza, dos animais, do ar puro. Eu que nunca tinha entrado dentro de um caiaque, me surpreendi com a minha capacidade de remar, foi delicioso. As meninas arrasaram em alto mar. Claro que nao fomos melhor que a Nancy (um senhora de uns quase 60 anos), que remava bem mesmo e adorava fazer caiaque com o marido. Na minha opiniao o hiking foi a pior parte, subimos um morro durante 1hora com trilhas complicadas e depois tivemos que voltar mais 1 hora decendo. A parte boa dessa caminhada foi chegar la em cima e ver aquela vista maravilhosa. La em cima paramos num dos pontos de observacao e estudo de comportamento das Orcas, ouvimos uma breve explicacao sobre o trabalho dos cientistas e estudantes, mas o que eu fiquei me perguntando foi: "pra eles chegarem aqui, eles tem que subir esse morro a pe todos os dias???"..... a reposta pra pergunta e SIM.
As baleias demoraram a aparecer, eu ja estava preparada para o risco de nao ve-las. A primeira aparicao entretanto, foi surpreendente. No terceiro dia, enquanto os meninos tentavam acender a fogueira, um dos guias parou de fazer o fogo e disse na maior calma: "tem uma baleia passando"... alvoroco total, ele simplesmente escutou a respiracao de uma baleia que passava ali na frente do acampamento. Para nossa surpresa era uma Jubarte, linda e enorme que passou do nosso ladinho, solitaria e calma. Ai nao parou mais, com ela veio leao marinho, golfinhos, orcas...
A minha ida para o acampamento foi voando, mas a volta foi de barco, e claro tivemos que parar pra ver mais baleias no meio do caminho.
O clima foi uma surpresa. Nao vimos mais do que 3 ou 4 horas de sol durante os quatro dias, e tambem nao tiramos a blusa. Esse e o verdadeiro clima da costa oeste me disse uma guia. No comeco pensamos que fossemos morrer de frio, pois a maioria das nossas roupas eram curtas e cavadas, fomos para as ferias de verao. No final tudo deu certo, e o clima ajudou para nao sofrermos com queimaduras de sol, nem com muito calor enquanto remavamos.


A vista da nossa barraca



O primeiro dia



A vista depois do hiking.



depois de remar o dia todo, hora de fazer fogueira e comer.



o camping

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